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terça-feira, 28 de junho de 2011

Madeira líquida – ARBOFORM

  Parece que é madeira, sente-se como madeira, é ainda feita de madeira -, mas muda de forma e se solidifica como o plástico, reunindo os bens materiais mais poderosos de dois dos materiais mais utilizados no planeta.
  Lingin (um elemento muitas vezes descartados de madeira regular) é combinado com resinas naturais, linho e fibras que podem ser injetadas em moldes de forma extremamente complexa, em forma de objetos de precisão, normalmente feita de forma convencional, não-biodegradáveis plásticos baseados em petróleo. O resultado tem sido o chamado Arboform por seus inventores alemães, e pode muito bem revolucionar o mundo da ciência de materiais e produção em massa.




  Assim como a madeira, se decompõe rapidamente e organicamente em eco-safe subprodutos como água e dióxido de carbono. Também é feita a partir de uma parte restante de árvores que não é utilizado durante o processo de fabricação de papel.
  O que pode ser feito de Arboform? Quase qualquer coisa que você pode imaginar, desde brinquedos simples de equipamentos complexos, copos descartáveis para peças de longa duração de automóveis.
  Em suma: estamos a falar sobre a precisão, flexibilidade e durabilidade do plástico ... com 100% do material reciclável, vantagens renováveis, tátil e estética da madeira, em um único material novo.

Novos materiais alternativos

  Blocos de jornais pressionado e jornais transformam-se em materiais similares a madeira. Este é um projeto improvável de reutilização para transformar a pasta de papel usado, páginas em novo edifício-bloco.
  Quando cortadas, mostram padrões que levam uma estranha semelhança com troncos de árvores de madeira de verdade. No corte longitudinal, revelam padrões de grãos irregulares e único. Fatiado perpendicular, eles exibem árvore-como anéis.




  Começou como um projeto de design do estudante - pilhas de jornais foram meticulosamente e individualmente coladas, enrolada em um 'log' apertados e deixa-se então secar, deformam-se e endurecem apenas como árvores vivas faria. Depois que "cura" estes blocos podem ser cortados e esculpidos, e assim por diante, como seria com a madeira normal.


Azulejos de musgos

  Em um ritmo cada vez mais rápido aplicações comerciais e institucionais de apego greens têm aumentado nos últimos anos, a exemplo de jardins verticais, e no caso dos interiores, estas opções ainda estão em evolução.




  Pisar num tapete natural, formado por musgo, é a solução para os carentes de verde da designer Nguyen La Chanh, que vive na Suíça. No caso do tapete, pisa-se em musgo de verdade: o tapete tem células redondas para receber diferentes tipos da planta. A condensação no banheiro e os pingos que caem do corpo seriam suficientes para que o tapete esteja sempre verdinho.
  O líquen estabilizado vive da umidade no ar, exigindo pouca ou nenhuma manutenção - podar torna-se uma coisa do passado e água também. Até mesmo a luz natural não é necessário.
Quadrados, retângulos, círculos - ou o contrário de qualquer forma tais geométricas - são todos possíveis e simples, também, com vários tons de verde para combinar com qualquer esquema de cor interior.


segunda-feira, 27 de junho de 2011

Desenvolvimento de Escova Dental Sustentável


  O Artigo tem como objetivo criar uma escova dental biodegradável a partir de poliuretano derivado do óleo de mamona (PU), bem como a análise do comportamento mecânico de uma escova dental convencional, quando submetido à tração.
  A pesquisa apresentou ótimas características quanto a textura e brilho, mas precisa de um leve polimento no cabo da escova, para remover rebarbas que sobraram depois da modelagem.
  Relacionado a absorção de água e da saliva artificial, concluíram que o PU tem maior absorção com a saliva artificial, mas a sua absorção de água é maior do que encontrados em uma escova de polipropileno (PP). Importante ressaltar que os testes foram realizados mergulhando completamente as escovas em ambos os meios, coisa que não acontece no nosso cotidiano, com as escovas convencionais.
  Concluíram que a escova criada de PU superou a escova de PP em todos os aspectos, tração, rigidez, resistência e etc., conforme já era esperado, entretanto os valores de poliuretano são iguais nas respectivas escovas mostrando que com pequenas alterações de Design a escova de PU pode alcançar a mesma carga de ruptura e a mesma rigidez estrutural da escova de PP.
  No fim, foi sugerido outras pesquisas com esses mesmos materiais para aprimorar o design da escova criada, inserir cerdas de nylon para observar aspectos voltados a ergonomia, e realizar mais alguns testes para avaliar quanto as propriedades podem ser alteradas durante o uso da escova.



 

domingo, 26 de junho de 2011

Estudo do uso de polipropileno em embalagens para cosmético como um material alternativo ao PET


  Atualmente, o uso do politereftalato de etileno (PET), é amplamente difundido em embalagens das mais variadas espécies, devido ao seu baixo custo de fabricação e reciclagem.

  Porém nota-se que o seu grau de transparência ainda deixa a desejar se comparado com outros materiais hoje já disponíveis para utilização em setores específicos.
Muitas indústrias, em especial as dos setores de beleza, têm buscado se aprimorar na fabricação de embalagens que apresentem um custo de produção acessível e possuam um grau de transparência que se aproxime àquele oferecido por embalagens que utilizam o vidro como matéria prima. Para suprir essa necessidade criada por um dos setores de maior expressão dentro da área de beleza, que é a área de cosméticos, têm surgido cada vez mais opções de materiais para a fabricação desses invólucros. Um dos materiais que vem despontando no mercado, como uma alternativa ao uso dos materiais tradicionalmente utilizados, é o polímero, conhecido comercialmente pelo nome de polipropileno cristal. Este material polimérico apresenta uma tendência à transparência semelhante àquela do vidro, o que poderia levá-lo a ser um candidato a substituir o PET na produção de embalagens para o setor de cosméticos.
  Polímeros, também conhecidos, usualmente, como plásticos e borrachas, são compostos químicos de elevada massa molecular, formados por unidades estruturais menores (monômeros) que se repetem inúmeras vezes. Os polímeros são materiais obtidos, em quase a sua totalidade, a partir do petróleo, sendo que hoje em dia já podem ser obtidos também da cana-de-açúcar e outros materiais de fonte renovável. Eles podem ser classificados, em geral, quanto às suas propriedades, como polímeros termoplásticos e termofixos, onde os primeiros apresentam a grande vantagem de poderem ser moldados mais de uma vez, em função das suas características químicas. Para a confecção de embalagens (flexíveis ou rígidas) os polímeros termoplásticos são os mais utilizados sendo que as embalagens produzidas a partir do uso de PET representam um número expressivo no mercado global.
  O polipropileno é uma resina termoplástica pertencente ao grupo das poliolefinas e que inclui os polietilenos e polibutenos, com ampla faixa de propriedades e grande facilidade de processamento. Em seu estado natural a resina é semitraslúcida e leitosa e de ótima coloração, podendo depois ser aditivada ou pigmentada. Este produto é usado nos casos onde é necessária uma maior resistência química. Uma das vantagens é que pode ser soldado permitindo a fabricação de tanques e conexões. O PP apresenta como características básicas, alto brilho, alta transparência, bastante equilíbrio entre resistência ao impacto (tração) e rigidez, e ainda resistência a temperaturas mais elevadas, boa barreira à umidade e resistência química, maior rendimento que o PE, em virtude da sua menor densidade, o que resulta em maior número de embalagens por peso (kg).

Cartografia dos materiais: classificação e organização de papéis ecológicos

  O Projeto Cartografia dos Materiais tem como objetivo identificar, mapear, organizar e disponibilizar informações sobre os materiais e seus processos de transformação, bem como promover uma discussão crítico - reflexiva acerca de suas aplicações no âmbito do design. O mapa apresentado aqui trata do papel e seus sistemas de classificação, objetivando a discussão dos conceitos de sustentabilidade, reciclagem, papel ecologicamente correto, de modo a dar um panorama do que ocorre com as principais empresas, de como este material se apresenta no mercado e de como podemos melhorar a qualidade de informação sobre os seus requisitos ambientais.


  Referência:
  Artigo: Cartografia dos materiais: classificação e organização de papéis ecológicos

Aplicação de fibras a base de celulose em resinas poliuretanas para a fabricação de calçados

 Essa inovação de materiais que vivenciamos sugere uma abertura de possibilidades e otimização de recursos, tornando a escolha dos materiais quase ilimitada. Para os designers quanto ao projeto de produto isso sugere utilizar os materiais e métodos de fabricação como fatores de inovação. Os materiais devem ser vistos como um estímulo á criatividade em sua aplicação, podendo ser utilizado como uma forma de sedução ao produto. A escolha dos materiais e dos processos de fabricação torna-se caracterizador do conceito do produto e não somente se limitando a um problema de engenharia gerando possibilidades e inovação com
referência ao design (LESKO 2004).
 Os calçados que se incluem ao desenvolvimento sustentável, estão no mercado em sua minoria, mas verificamos um crescimento gradual de usuários que se interessam por esses produtos (SILVA 2005).
 Dentre estes polímeros os quais são empregados reforços de fibras usa-se o poliuretano com grande demanda na produção de solados de calçados, devido à alta resistência à abrasão, flexão e rasgo, elasticidade e flexibilidade mesmo em temperaturas baixas, são termofixos e isolantes térmicos de baixa densidade que permite injeção direta em cabedais. Além dessas propriedades o processo de fabricação é simples, pois utiliza-se apenas intermediários líquidos e caracteriza-se por moldar formas complexas.

 Foi realizado um estudo exploratório de planejamento das misturas da resina PU com variações de celulose e lignina em 10, 20, 30, 40, 50% de carga em função das propriedades e microestrutura, os resultados preliminares obtidos pela microscopia eletrônica de varredura foram: 20% lignina apresenta mudanças na morfologia, que contribui na maleabilidade do material, em contrapartida a mistura com a celulose a partir de 30 % em sua composição proporciona alterações significativas em sua forma estrutural (morfologia da partícula) ocasionando o aumento na maleabilidade e ductilidade do material, a lignina junto com a celulose a 20% misturado ao PU gera uma mistura com melhores propriedades quanto a maleabilidade apresentando menos fraturas no material.




Referência:
Artigo: Aplicação de fibras a base de celulose em resinas poliuretanas para a fabricação de calçados
FATEA - 9º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimentot em Design

sábado, 25 de junho de 2011

Projeto de produto

  Atualmente, a sustentabilidade vem sendo tema de congressos, convenções, projetos e,
para muitas empresas, está se transformando em modelos de desenvolvimento de produtos e gestão empresarial. A sustentabilidade vem abrangendo áreas como a engenharia, economia, agricultura, educação e etc, áreas que fazem parte do entorno estrutural econômico de uma sociedade.
  No Projeto de Produto, o aspecto criatividade é um detalhe quase que obrigatório em
todas as etapas de desenvolvimento.
A metodologia utilizada no desenvolvimento deste projeto é uma espécie de união de
técnicas como a bissociação e a biônica, com objetivo de se produzir algo funcional e ao
mesmo tempo com apelo decorativo.

  A Biônica é responsável por estudar e avaliar os mecanismos (tecnológicos, construtivos, morfológicos e etc.) da natureza e a aplicação destes princípios e processos em soluções para os problemas que a humanidade se depara
A Biônica como método sistemático para fins científicos, de experiência e prático teve
seu início por volta de 1940, durante a Segunda Guerra Mundial. A partir desta época
formaram-se grandes laboratórios, nos países mais avançados, para pesquisar esta fonte
poderosa e inesgotável de soluções, que é a natureza.

Uso de fibras biodegradáveis derivadas da soja e do milho na fabricação do vestuário esportivo

 Presentemente, com a crescente preocupação com a consciência ambiental são necessários cada vez mais estudos na área de desenvolvimento sustentável, incluindo o setor têxtil, pois este é um dos que mais poluem o ambiente. Alguns novos materiais já foram desenvolvidos com o intuito de diminuir os danos causados, como a produção de fibras ecológicas, que estão cada vez mais em evidência (CHAVAN, 2004).
 Foram realizados estudos a partir da fibra de milho e de soja, utilizando a comparação entre estes e demais materiais utilizados para a confecção de artigos esportivos visando o conforto. As propriedades destas fibras foram comparadas com as do algodão, viscose, seda e lã. Como resultados destes estudos, tem se que a fibra natural de milho e soja possui maior tenacidade que as fibras naturais (algodão, seda e lã) e regeneradora (viscose). E seus valores de alongamento são similares aos da seda, lã e viscose. Chega-se a conclusão que as propriedades das fibras de milho e soja são similares ou pouco inferiores que a das demais fibras e deste modo fica comprovado que possuem as características necessárias para entrarem na composição de artigos esportivos e promover expansão desses no mercado.








Referência:
Artigo: Uso de fibras biodegradáveis derivadas da soja e do milho na fabricação do vestuário esportivo
USP – 9º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design

Soluções metodológicas

 É cada vez mais comum e preciso avaliar possibilidades de aplicação de inovações tecnológicas no desenvolvimento de produtos sustentáveis por meio de uma metodologia adequada para aplicações em pequenas, médias e grandes indústrias.
 As metodologias possuem uma estrutura comum, normalmente composta pelas seguintes macro-etapas: coleta de informações, geração de soluções, seleção da melhor alternativa e desenvolvimento. Observa-se também que além dessas etapas projetuais, as metodologias contemplam em maior ou menor grau uma preocupação com as questões ambientais. Assim, torna-se pertinente explorar os diversos aspectos das metodologias para extrair os elementos mais adequados ao desenvolvimento de produtos sustentáveis, propondo uma nova metodologia flexível a ponto de atender às demandas de pequenas e grandes empresas e aos anseios do projetista individual, até uma grande equipe de projetos.

 Estudantes da UNIFRA realizaram estudos sobre tais metodologias, que chegou ao resultado parcial do projeto de iniciação científica, qual seja, o registro e análise de algumas das metodologias projetuais mais utilizadas na área do Design e sua relação com a sustentabilidade. O próximo passo foi avaliar o campo da inovação tecnológica e suas implicações nos produtos industriais. A seguir se pretendia elaborar uma metodologia que contemple etapas, requisitos ou ferramentas relacionados à sustentabilidade e inovação. Para validar esta proposta, a metodologia seria aplicada em indústrias de diversos portes para comprovação de sua eficiência e realização dos ajustes necessários. Posteriormente haverá o repasse desta tecnologia para o desenvolvimento de novos produtos e aplicação de novos materiais.


Referência:
Artigo: Soluções metodológicas para o design de produtos sustentáveis e inovadores
UNIFRA - 9º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design

Uso da fibra de bananeira e de retalhos de couro no desenvolvimento de bolsa artesanal feminina

  A bolsa é um acessório indispensável no vestuário feminino, e pensando nisso, artesãos criaram um novo tipo de bolsa feio com fibra de bananeira e couro.
Eles pretendiam criar uma bolsa que fosse funcional, pratica e bonita e que mostrasse inovação na área do design com matéria-prima natural.


  A FIBRA DE BANANEIRA
  Pelo Brasil ser o 3º maior produtor de banana no mundo, a fibra de bananeira possui um grande potencial de aplicação. O uso dessa fibra se deu a partir de 1991 com o “Projeto de Aproveitamento de Resíduos da
Agroindústria da Banana do Vale do Ribeira/SP”, que propunha alternativas para o uso dos resíduos da bananicultura.




  O COURO
  Há várias utilidades para o couro na area artesanal em territorio nacional, podendo ser trabalhada crua, seca ou curtida por curtumes ou artesanalmente com o coureiro. É uma materia-prima muito versatil, resistente e maleavel.









 

terça-feira, 21 de junho de 2011

Novos materiais

Vivemos um momento histórico em que diferentes materiais são responsáveis pelo nosso modo de vida. Componentes eletrônicos, fibras óticas, foguetes, aviões, próteses, roupas sintéticas, tomógrafos, dentre outros, são alguns dos objetos produzidos a partir de diferentes e novos materiais.
A disponibilidade de inúmeros materiais faz com que a indústria possa escolher aquele que melhor se adapte às necessidades do consumidor quanto à relação custo/benefício que ele oferece.
A utilização de um material em detrimento de outro é definida por vários fatores; entre eles, podemos citar: eficiência, relação custo/beneficio, valor estético e econômico, tecnologia disponível para sua obtenção, abundância e ocorrência na natureza.
O preço de um material é determinado conforme sua raridade, mas o ouro e o diamante não são os materiais mais caros que existem. Na atualidade, o preço de um material está muito relacionado com a tecnologia de sua produção. O urânio enriquecido custa duzentas vezes mais que sua forma natural. O silício constituinte das areias (óxido de silício) tem sido utilizado como matéria-prima barata em diferentes novos materiais. Os transistores, fibras óticas, células fotovoltaicas (transformam energia elétrica em luminosa) e outros dispositivos eletrônicos exigem, para sua produção, um silício de alto grau de pureza; consequentemente, o produto final apresenta alto custo decorrente da tecnologia exigida.
Historicamente, os metais mais utilizados até o século XVIII, na fabricação de ferramentas, utensílios domésticos e objetos de adorno foram ouro, prata, cobre, ferro, estanho, zinco e chumbo. O alumínio hoje amplamente utilizado, só se tornou comum com o advento da eletricidade, que teria permitido sua extração em larga escala de maneira a reduzir seu custo.
A descoberta de técnicas de obtenção de metais a partir de minerais e da fabricação de ligas metálicas, por exemplo o bronze (cobre e estanho) e o latão (cobre e zinco), teria ampliado as possibilidades de uso e a fabricação de objetos.
A era dos novos materiais traz o desafio de se pensar, a partir de suas propriedades, aplicações possíveis, que os processos tecnológicos se encarregam de tornar realidade, assim como traz também o desafio de se criar, em laboratório, materiais com estruturas definidas e arquitetadas conforme nossos interesses e necessidades.



Referência:
LIMA, Maria Emília Caixeta de Castro
Aprender ciências: um mundo de materiais